Desde a chegada do Wi-Fi no Brasil, no início dos anos 2000, fatores como tipo de roteador, ambiente externo e aparelhos eletrônicos podem interferir na qualidade e velocidade da internet recebida pelos dispositivos. Essas variáveis muitas vezes não estão claras para o usuário, que acaba não recebendo toda a velocidade contratada.
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Por regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), desde 2015, as operadoras de internet banda larga devem fornecer, no mínimo, 40% da velocidade contratada por dia e, na média mensal, 80%. Ambas não podem ser inferiores a 400 Kbps e 800 Kpbs, respectivamente.
É importante destacar que a regulamentação é válida para o ponto principal de interne. Caso a operadora forneça um modem sem Wi-Fi, ela tem a obrigação de oferecer o sinal de internet nas condições anteriores apenas no cabo de rede, conectado diretamente com o computador, por exemplo.
Seja via cabo ou por sinal, é possível verificar se a operadora está ofertando a velocidade contratada, ou o garantido pela Anatel. A própria agência reguladora oferece plataforma online para teste, a EAQ. Há também outras ferramentas que podem te ajudar. De uma forma ou de outra, caso seja identificada velocidade menor que a contratada, é necessário procurar a operadora via atendimento e abrir uma reclamação. Não sendo atendido e munido com o número de protocolo, o usuário deve acionar a Anatel para resolução do problema.
Sinal
Para emissão do sinal sem fio, de forma padrão, a internet é passada do modem da operadora ao roteador, por meio de um cabo de rede. A partir daí, ondas magnéticas o transmitem para dispositivos eletrônicos. É nesse momento que o usuário pode perceber uma queda ao comparar velocidade contratada versus o sinal emitido no roteador.
De acordo com o coordenador de vendas da TP-Link Fábio Appel, de fato, pode haver perda de velocidade da internet durante a emissão de sinal Wi-Fi, mas não é possível quantificar. “O tipo de roteador interfere, o dispositivo no qual utilizará a internet também, assim como o ambiente externo em que o sinal é emitido.”
Rodrigo Paiva é gerente de produtos na D-Link, fabricante de roteadores, e explicou um pouco sobre as diferenças entre roteadores, que geralmente são do tipo N ou AC. “Eles são de quarta e quinta geração, respectivamente. A maioria das casas tem o N, com menor capacidade de transmissão de velocidade.”
Resumo
– Identificar a capacidade do dispositivo que receberá o sinal de Wi-Fi, há roteadores de 2.4 Ghz (N) e 5 Ghz (AC);
– Aparelhos que transmitem mais velocidade geralmente tem menor alcance (e vice-versa)
– Escolher o ponto para instalação no ambiente em que os usuários mais vão utilizar a internet;
– Roteadores com mais de uma antena podem ajudar no alcance de sinal. Repetidores também são opção;
– Desligue dispositivos que possam atrapalhar o sinal, como microondas e tvs, enquanto não estiver usando-os;
– Ao notar lentidão na internet via Wi-Fi, identifique se o problema é com roteador ou modem. Realize o teste de velocidade com e sem fio;
– Caso o problema seja no modem, entre em contato com a operadora.
O gerente explica também que, independentemente do tipo de roteador, a quantidade de aparelhos eletrônicos no ambiente pode influenciar no sinal que chega no celular. “Microondas e TVs que captam sinal de Wi-Fi são exemplos. No caso dessas últimas, a velocidade ainda será compartilhada.”
Appel recomenda, ainda, optar por um roteador com capacidade de transmissão de internet que supere a contratada, já pensando na possível perda na emissão de sinal. Repetidores de sinal também são opção, em ambiente muito grandes ou com muitas paredes.
Consumidor
No momento da compra do roteador, o usuário pode não saber o que as especificações técnicas do produto representam na prática. Essa é a opinião do Thiago Porto, técnico na Proteste Associação de Consumidores. “Por exemplo, o consumidor tende a acreditar que a quantidade de antenas no aparelho está diretamente relacionada com o alcance, o que não é verdade. Elas podem influenciar no velocidade transmitida.”
Segundo Porto, essa situação acontece quando o receptor (celular, por exemplo) também tem mais de uma antena o que, para ele, não é comum. Para o técnico, essas e outras informações não ficam claras para o consumidor. “A população não está familiarizada com a linguagem técnica. Instalar em casa, por exemplo, não é tão fácil.”
Referente aos tipos de roteadores, o técnico explica que os mais comuns são os de 2.4 Ghz (N) e 5 Ghz (AC). “Um tem menor capacidade de velocidade, mas maior alcance; no segundo essas condições se invertem, respectivamente.” Ele recomenda, ainda, que o roteador deve ficar no ponto central do ambiente, em que há maior uso.
Ainda segundo Porto, como ponto de melhoria, os aparelhos poderiam oferecer configuração diretamente no celular. “Em muitas casas, as pessoas acabam usando mais o tablet e smartphone que o computador. Não há aplicativo para esses dispositivos, sendo necessário utilizar o navegador mobile.”
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Samsung Galaxy A5. O teste completo você vê em https://goo.gl/XnHZCt.
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Motorola Moto X4. O teste completo você vê em https://goo.gl/FgKaRd.
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