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O maior problema para navegar na web atualmente são, ironicamente, os navegadores. O Chrome está cada vez mais lento. O Firefox é pesado demais. O Opera, há tempos, deixou de ser uma escolha aceitável – trava com frequência (pelo menos, a versão para smartphones segue excelente). O Internet Explorer e o Edge se ressentem da falta de extensões e personalizações em geral.
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Aí, depois de muito rodar (e de testar pelo menos uma dezena de browsers baseados no Chromiun, além de uns
poucos semelhantes ao Firefox e ao IE), decidi dar outra chance ao Vivaldi. Após a versão beta 3 (incluindo aí a primeira estável, a 1.0) e até a 1.2 e uns quebrados, os desenvolvedores conseguiram dar uma piorada tão grande que tive de abandoná-lo às pressas diversas vezes. Nesse meio tempo, comecei a usar um aceitável Citrio que, com o tempo, se tornou azedo, azedo, de tanta lentidão e reinicializações inexplicáveis.
Como nesta semana foi lançada a versão 1.4 do navegador, voltei ao Vivaldi já com os dois pés atrás e calçando os tênis de corrida. Mas eis que novamente a moçada da Vivaldi Technologies AS fez bonito. Na nova versão, ele mostra que tem o que os outros não tem: estabilidade e velocidade. Durante todo o tempo de avaliação, não houve reinícios inesperados e os sites abriram sem deformar ou apresentar problemas. (A exceção fica por umas poucas páginas de bancos, que seguem somente funcionando no Internet Explorer).
Do ponto de vista prático, o Vivaldi apresenta os mesmos recursos e muitas novidades visuais: há nova opção de
cores em sua interface. E é assim, curiosamente, que a equipe de marketing o está divulgando “o browser mais poderoso e, também, o mais colorido”.
Independentemente de sua coloração (não é novidade, mas ele pode incorporar os tons dos sites visitados, por exemplo), segue sendo uma ótima opção de download. É possível personalizar até deixá-lo do avesso, colocando as abas em qualquer local de sua interface, mudando o posicionamento dos botões, sumindo ou incluindo funcionalidades em sua interface.
Como ele é baseado no Chromiun, recebe extensões da lojinha Chrome Store com tranquilidade. Além disso, vem com gerenciador de downloads embutido, bloco de notas rápidas, administrador de favoritos e permite a criação de painéis web (seus sites favoritos podem ser exibidos em sua lateral, a partir de um novo formato vertical). Ele tem mais umas 10 mil funções e somente com o tempo é possível se acostumar com todas.
De pontos negativos, por enquanto, sinto falta da possibilidade de sincronização online com Vivaldis em outros dispositivos (como é possível fazer com o Chrome, com o Citrio, com o Opera). Assim, quem desejar utilizar o navegador em diferentes computadores precisa reconfigurar tudo – e como são trilhões de opções de personalização, demora.
Ele poderia ter uma versão para smartphones – mas isso nem chega a ser um defeito. Como não sincroniza e como o Opera e o Firefox ainda fazem uma ótimo trabalho quando o assunto é browser mobile, tá tudo certo.