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Call of Duty, publicado pela Activision, é uma das maiores franquias de todos os tempos. Tanto que é um dos únicos jogos capazes de se equiparar em fama a sagas consagradas como Senhor do Anéis, Game of Thrones e Harry Potter. A distância em questão de popularidade e base de jogadores para Battlefield, seu rival atual, por sua vez, é assombrosa. Justamente isso virou uma das preocupações para Sony quando houve a venda da Activision para Microsoft.
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Um dos fatos que chacoalharam o mundo dos videogames no começo do ano foi a venda da Activision para Microsoft, por US$ 68,7 bilhões (cerca de R$ 379 bilhões). Essa foi a maior negociação da indústria de jogos, já que a Activision é uma das empresas mais antigas do setor e responsáveis por jogos como Pitfall e Tony Hawk ‘s Pro Skater. Atualmente, Call of Duty é o seu maior produto e se mostra um game que transcende barreiras, praticamente não tendo rivais pela frente.
Lançamento após lançamento, a franquia vendeu milhões de cópias e ainda conseguiu convergir para os celulares de maneira surpreendente, sendo um dos títulos mais jogados da atualidade com COD: Mobile. O cenário competitivo de Call of Duty também é um sucesso, com eventos internacionais relevantes e milhões de espectadores anualmente. Fora isso, a venda ainda inclui a Blizzard, que é da Activision e também detém grandes jogos da atualidade como Overwatch, Starcraft, Diablo e World of Warcraft.
A venda da Activision para Microsoft é um golpe duro para a Sony, que tem preocupação de um futuro monopólio do setor, já que a Microsoft é atualmente uma empresa com um cartel de estúdios de jogos enorme e uma rival na venda de consoles com seu Xbox Series S|X. Por mais que a venda da Activision já tenha sido praticamente realizada, em vários países, existem ainda órgãos regulamentadores especulando esta grande negociação como a Autoridade de Competição e Mercado (CMA) e a Comissão Federal de Comércio (FTC).
Um deles foi o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Em uma opinião um pouco mais reveladora, a Sony se mostrou preocupada ao órgão regulamentador brasileiro em relação à venda da Activision para Microsoft. Em documento preenchido e disponibilizado publicamente por meio do site de entidade, a Sony exalta o quão grande é a franquia Call of Duty hoje e o quanto influencia a escolha de usuários:
“O Call of Duty, da Activision, é um jogo essencial: um ‘blockbuster’, um jogo do tipo AAA que não tem rival. De acordo com um estudo de 2019: ‘a importância de Call of Duty para o entretenimento de modo geral é indescritível. A marca foi a única PI de videogame a entrar no top 10 de todas as marcas de entretenimento entre fanáticos, juntando-se a potências como Star Wars, Game of Thrones, Harry Potter e Senhor dos Anés.’ Call of Duty é tão popular que influencia a escolha do console pelos usuários e sua rede de usuários fiéis é tão arraigada que, mesmo que um concorrente tivesse orçamento para desenvolver um produto semelhante, não seria capaz de rivalizar.”
Em outra parte do documento, a Sony enfatizou o crescimento do Gamepass e o quanto é discrepante em relação a outros serviços. Contempla cerca de 60% a 70% do mercado de serviços de jogos de assinatura global. A Microsoft adquiriu nos últimos anos grandes estúdios como a Bethesda, Double Fine, Obsidian e Ninja Theory reforçando o serviço de assinatura. Atualmente, muito robusto e com centenas de jogos, tanto de suas “first parties” quanto com jogos de terceiras, a adição de Call of Duty ao pacote e uma possível exclusividade do game são fatores que podem balançar as estruturas do PlayStation.
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