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Na era da globalização, a busca por profissionais especializados em tecnologia se encontra cada vez mais desafiadora. Não à toa, segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) em 2021, o Brasil forma cerca de 46 mil profissionais de tecnologia da informação (TI) por ano.
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Contudo, o número ainda é muito aquém do necessário para atender o mercado interno, que abre quase 70 mil vagas anualmente.
Diante dessa escassez de novos talentos, tecnologias de programação mais simples, como a low-code, começam a se disseminar nas organizações e passam a oferecer uma oportunidade de mudança de carreira para muitos brasileiros.
A especialização oferece uma formação rápida, onde em poucas semanas a pessoa já está apta para ser inserida no mercado de trabalho. Além disso, ela não requer curso superior ou experiência prévia na área.
Em resumo, as plataformas low-code trazem mais fluidez, autonomia e rapidez para o desenvolvimento de projetos. Com esse tipo de programação, qualquer empresa pode desenvolver soluções corporativas sob medida, mesmo que seus colaboradores não sejam experts em R, Java ou Python, por exemplo.
Para corroborar a relevância dessa plataforma, a Gartner, uma das principais empresas mundiais especializadas em pesquisa e consultoria em tecnologia da informação, estima que até 2024, 65% dos softwares corporativos desenvolvidos no mundo serão baseados em low-code.
Um cenário favorável para quem já atua na área de programação, com oportunidade de se diferenciar, e para quem deseja ingressar na área de TI. Além da facilidade de programação, outra grande vantagem da programação low-code é o tempo necessário para a formação de um profissional.
De acordo com Rafael Pereira, consultor na área de TI e fundador da Academia RafaOutSystems, escola digital especializada na formação de profissionais de TI em OutSystems, uma das plataformas low-code mais utilizadas, esse tipo de tecnologia diminui o tempo de desenvolvimento de softwares em até sete vezes e ainda forma profissionais completos em menos de um ano.
“Essa será a profissão do futuro, porque trata-se de uma tecnologia mais intuitiva e visual do que as tradicionalmente utilizadas no mercado, que exigem do profissional o domínio e atualização em várias tecnologias diferentes”, diz. “A Plataforma OutSystems, por exemplo, possui componentes que podem ser organizados e conectados, numa espécie de arrasta e solta, permitindo a criação de aplicações em minutos ou horas, ao invés de semanas ou meses. Essa simplicidade faz com que as pessoas aprendam em uma velocidade recorde.”
Os salários iniciais de um profissional especializado na plataforma OutSystems giram na faixa de R$ 3 mil. Mas Rafael ressalta que esses ganhos podem ser triplicados conforme a experiência.
Outro ponto positivo para quem se interessa por low-code é que não é preciso ter um equipamento avançado em casa para começar a programar. “Um computador com 4GB de memória RAM é mais que suficiente para os estudos com a Plataforma OutSystems. É um investimento relativamente pequeno para um mercado que está em pleno aquecimento”, finaliza o especialista.