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*Por Orkut Buyukkokten // “Quais são as tendências das redes sociais para o próximo ano?” Recebo essa pergunta todos os finais de ano, sem falhas. Confesso que prever o futuro é desafiador, mas quando o assunto é o universo de redes sociais me sinto confortável em praticar esse olhar futurista.
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As redes sociais são mais previsíveis do que você pode imaginar, pois a evolução desta plataforma está intimamente ligada aos nossos comportamentos, ascensão tecnológica e também desenvolvimento de infraestrutura. Por exemplo, há 15 anos as pessoas usavam desktops para se conectar à internet, hoje temos o universo online na palma das nossas mãos. Esses comportamentos moldam o futuro das redes sociais.
Formato: se você é um fã ou um usuário de redes sociais vai perceber que a forma com que os conteúdos são entregues mudaram muito nos últimos anos. Passamos do feed de notícias para os stories e hoje somos inundados de vídeos. Sim, os vídeos curtos se tornarão ainda mais populares!
Acesso: uma tendência muito clara é que a forma de acesso às redes sociais tem mudado a cada ano e, em 2022, o mobile vai dominar os hábitos de consumo dos usuários de redes sociais em todo o mundo.
Privacidade: se teve um tema que não saiu das manchetes dos jornais e revistas de todo o mundo este foi privacidade de dados. E que bom, afinal é importante que todos os usuários de redes sociais, desde os mais apaixonados por tecnologia até os que usam mais cotidianamente saibam da importância da privacidade de seus dados pessoais.
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A tendência é que os usuários estejam cada vez mais atentos e exigentes quanto ao tratamento de seus dados. No Brasil, em 2021 entrou em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais com objetivo de regular atividades de tratamento de dados pessoais, portanto em 2022, as empresas por trás das redes sociais ficarão ainda mais atentas à segurança das informações pessoais de seus usuários.
TikTokização: todos sabemos que o Tiktok é um fenômeno mundial, portanto cada vez mais as redes sociais mais populares vão tentar incorporar o modelo de negócio da rede social chinesa. Atualmente já identificamos o aumento dos conteúdos em formato de vídeos verticais, por exemplo.
Criação de conteúdo: as redes sociais deram espaço para pessoas brilhantes compartilharem seus conhecimentos, experiências e, consequentemente, seus conteúdos. Criador de conteúdo é a profissão do futuro. Inovação é a palavra de ordem! Por isso encontramos dados surpreendentes como, de acordo com a SignalFire, uma gestora de capital de risco americana, informa que há cerca de 50 milhões de criadores em todo o mundo e esta é a quarta carreira mais desejada entre as crianças britânicas de 7 a 11 anos!
Moderação de conteúdo: com o fenômeno das fake news, uma tendência clara de redes sociais é a moderação de conteúdo. No app hello, por exemplo, trabalhamos com moderação de conteúdo para transformar o ambiente em um espaço mais seguro e livre de notícias falsas. Sendo as redes sociais responsáveis pelos conteúdos que ali são disseminados, os olhares estão totalmente voltados para a moderação de conteúdo. Em 2021 já foi possível ver esse movimento em casos de grande repercussão, quando o twitter deletou publicações falsas sobre vacinação, por exemplo.
Fora da bolha: em algumas redes sociais os algoritmos seguem funcionando, mas já percebemos algumas mudanças, como a sugestão de conteúdos e temáticas que não são consumidas pelos usuários. Esta é a tentativa de “furar” as bolhas e ampliar o consumo e distribuição de conteúdo
Hábitos de consumo: outra tendência que vem se desenhando nos últimos anos é que compraremos, cada vez mais, diretamente pelas redes sociais, mais do que pelos e-commerces e Amazon, por exemplo. Você está navegando no seu feed e, quando menos espera, em um clique, já comprou algo!
Além do básico: as redes sociais estarão mais integradas a hardwares, como nossos carros e relógios. Além disso, com uma geração cada vez mais familiarizada com a tecnologia, a tendência é que estejamos presentes em redes simultâneas.
Comunidades: por último e não menos importantes, as comunidades seguem como forte tendência nas redes sociais. Eu tenho falado sobre essa tendência a alguns anos, mas o Brasil tem caminhado para aderir às comunidades, mas o modelo praticado hoje dentro de algumas redes sociais funcionam mais como grupos de trocas transacionais, ou seja, eu te ofereço algo e você me “paga” com algo em troca, o que não transforma isso em uma comunidade.
As redes sociais têm o potencial de nos tornar mais sociais na vida real e as comunidades são ferramentas efetivas para nos aproximar. Por exemplo, se você tem um time de futebol favorito, pode ir a um grupo e falar sobre os jogadores de futebol. Mas é mais interessante assistir a um jogo juntos. Trata-se de experiências compartilhadas, não apenas de uma conversa.
Previsões podem falhar, mas a minha certeza é que a internet vai seguir evoluindo junto com a gente. É da nossa natureza nos reunir em torno de interesses em comum, continuaremos a buscar conexões e, por fim, formar verdadeiras comunidades. O grande papel das redes sociais é utilizar as tecnologias para potencializar isso.
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*Orkut Buyukkokten é o engenheiro fundador da primeira rede social que engajou brasileiros, o orkut.com, e CEO da Hello Network, www.hello.com.