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Com o lançamento oficial do Windows 11, aos poucos, computadores com a versão 10 do sistema operacional começam a oferecer o update gratuito e, praticamente, automático. O 33Giga, inclusive, já ensinou como realizar a tarefa nesta reportagem. No entanto, a redação do portal atualizou dois computadores e teve experiências completamente diferentes. Então, a resposta à pergunta “vale a pena instalar?” é depende (como quase tudo na vida, claro).
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A atualização mais catastrófica aconteceu comigo. Meu computador é um Dell, com boot em SSD. Processador Intel i7 de 1.80 GHz e RAM de 16 GB. O Windows 10 é aquele de 64 bits. Portanto, bem do aceitável para baixar e usar o Windows 11.
Para começar, baixar o novo sistema operacional levou, mais ou menos, uma hora – a internet local contratada é de 500 Mbps (mas a média entregue é de 250 Mbps). Com ele na máquina, o computador foi reiniciado muitas e muitas vezes (até onde contei, cinco; depois saí para fumar e tomar um café).
Quatro horas depois, em tese, a máquina ligou. Surgiu a interface do novo sistema. Mas como alguns programas estavam demorando a abrir, achei que uma reinicialização resolveria. Daí para a frente, lidei, pelo menos, cinco vezes com a tela abaixo (isso até onde contei; depois saí para fumar e tomar um café).
Eventualmente, a cada nova reinicialização, até aparecia a interface do novo sistema. Mas meio que com bugs generalizados. A duras penas, consegui restaurar o Windows 10. O bom é que, se a tela está mostrando o sistema operacional, é bem fácil fazer isso. Há até um formulário da Microsoft perguntando o motivo de querer voltar à versão anterior. Como é múltipla escolha, há várias opções pré-definidas de resposta ligadas a bugs.
Então, resumidamente. Vale a pena instalar o Windows 11? Daqui um ano (ou cinco, dependendo de quanto café eu tomar até lá), tento responder.
Diferentemente da minha experiência, o Paulo Basso Jr., que às vezes escreve no 33Giga e, normalmente, tá aqui do lado editando o Rota de Férias, gostou do Windows 11 (pelo menos, ele consegue enxergá-lo).
Olha como o dele ficou lindão.
A seguir, o relato completo (que já começa com uma esfregada na cara da escumalha aqui).
Quando o pontinho azul pipocou na minha barra de tarefas, ao lado do relógio, anunciando que o Windows 11 estava disponível para download, confesso, rolou um medinho. Já tinha lido alguns artigos avisando que a nova edição do sistema operacional ainda estava instável e era melhor esperar correções antes de rodá-la. Isso sem contar os recados de conhecidos que resolveram arriscar e tiveram problemas.
Mas sabe como é, não ia dar para conviver por muito tempo com aquele pontinho azul clamando por uma atitude. Assim, resolvi criar um ponto de restauração para proteger tudo que tinha salvado e configurado até então, baixar e instalar o Windows 11. Se algo desse errado, era só voltar para a versão anterior e deixar as coisas se resolverem naturalmente.
Esperei para seguir em frente ao fim do expediente, para não prejudicar o dia de trabalho. Ao aceitar o download e a instalação, o processo todo levou cerca de três horas (estava com internet Wi-Fi de 100 Mbps de download e um notebook Dell Inspiron 15 core i7 de oitava geração com SSD de 128 GB). Tudo rolou de forma automática, mostrando a evolução em percentual.
Apenas no final foi preciso reiniciar a máquina por duas vezes. E em ambas, ufa, tudo funcionou normalmente (e rapidamente, também).
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Uma vez instalado, o Windows 11 rodou sem travamentos, importando minhas configurações customizadas no Windows 10 (à exceção do fundo de tela) sem que eu precisasse fazer nada. Minhas primeiras impressões, a partir daí, foram positivas. A começar pelo visual.
A área de trabalho está mais clean, com ícones de pastas estilizados com traços duros mesclados a trechos arredondados, gerando um efeito elegante e translúcido. Quando há mais de uma pasta, por exemplo, elas são expostas de forma intercalada na vertical e na horizontal, dando vida a um conjunto visual interessante.
A barra de tarefas, por sua vez, passou a trazer os ícones centralizados, com um botão do Windows à esquerda que dá acesso aos aplicativos. É fácil se acostumar com ela e, mais do que isso, personalizá-la. Basta clicar com o botão direito em qualquer parte de sua extensão, acessar as configurações e escolher quais ícones deseja que apareça ou não.
Optei por limpar os widgets e a barra de pesquisa (mesmo porque essa pode ser acessada ao clicar no botão do Windows) que vieram fixadas. Deixei apenas os programas que mais uso expostos, feliz da vida porque eles foram devidamente importados da edição 10.
Um ponto negativo a partir daí é que, ao arrastar algum documento para o ícone de qualquer programa fixado na barra de tarefas, a nova versão do Windows impede que você o solte para que o arquivo seja lido, como ocorria na versão anterior.
Assim, se você tiver um documento de imagem e quiser rodá-lo dessa maneira no Photoshop, por exemplo, terá de primeiramente abrir uma janela do programa para apenas então soltar o arquivo dentro dele. Parece um detalhe bobo, mas é algo que leva à perda de tempo e que a Microsoft poderia corrigir.
Ao navegar pelo novo sistema operacional da Microsoft, outros detalhes visuais chamam atenção. Os arquivos salvos em pastas, por exemplo, são exibidos de forma mais espaçada, o que facilita a leitura. A configuração de itens de segurança e notificações também parece mais amigável.
Para quem tem o Google Drive instalado no desktop, uma coisa chata é que, ao clicar com o botão direito sobre o arquivo, não aparece mais automaticamente a lista de opções que permite deixar os arquivos e pastas disponíveis offline. Para isso, é preciso clicar em “Mostrar mais opções” – um desnecessário passo a mais.
Já para quem trabalha com diversos programas abertos ao mesmo tempo, o recurso batizado de Snap Layout promete ajudar. Graças a ele, quando você posiciona o ponteiro do mouse no botão de Maximizar/Minimizar de qualquer janela, um quadro flutuante com opções de disposição de telas surge de modo a facilitar a organização.
Agora é aguardar para que os pacotes de atualizações não cheguem a todo o momento prejudicando o andamento do sistema e tomando muito tempo dos usuários, como costuma ocorrer nos lançamentos de sistemas operacionais da Microsoft. Por enquanto, ao menos por aqui, o Windows 11 vem sendo uma grata surpresa.
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