Tags
Enquanto a China proibiu o Bitcoin, nos Estados Unidos foram dados novos passos rumo à regulamentação do setor. Na América Latina, por sua vez, El Salvador avançou rápido com a adoção e mais de 2 milhões de pessoas já foram “bancarizadas” no país. Veja abaixo sete fatos que movimentaram o setor de criptomoedas em setembro. Conta com análise do especialista Rodrigo Soeiro, fundador do cryptobank Monnos.
Leia mais:
4 dicas para investir em criptomoedas com segurança
Criptomoedas: entenda os principais termos usados
5 histórias inusitadas envolvendo criptomoedas
Em setembro, a China, que tinha banido a mineração de criptomoedas, resolveu proibir a negociação de criptoativos dentro de suas fronteiras. O país já soma 19 repressões semelhantes e, mesmo assim, não consegue acabar efetivamente com esse mercado. Tanto é que 1,21% dos nós de Bitcoin se encontram por ali, além de mineradores clandestinos, que ainda não foram identificados pelo governo.
É válido ressaltar que, após esse novo banimento, o mercado de finanças descentralizadas (DeFi) explodiu na China, subindo mais de 450% apenas no último mês. Prova de que os usuários buscaram novas maneiras de negociar seus ativos digitais.
Os Estados Unidos discutiram o projeto HR3684, que foi recém aprovado pelo Senado americano. É um projeto de infraestrutura que já recebeu 539 emendas e que visa regulamentar ainda mais o setor.
Jerome Powell, presidente do Sistema de Reserva Federal (FED), anunciou perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, que não pretende banir o Bitcoin nem a criptoeconomia, indo em direção contrária à China. Ele reforçou a necessidade regulatória sobre o setor.
El Salvador adotou o Bitcoin como moeda oficial, além do dólar americano. Em três semanas, cerca de 2 milhões de pessoas já foram “bancarizadas” com criptomoedas no país, recebendo 30 dólares em Bitcoin em uma carteira com segunda camada, que entrega suas transações de maneira mais rápida e com menores taxas de rede.
Também foram instalados 200 caixas eletrônicos e 50 quiosques com funcionários para tirar dúvidas e educar a população sobre o uso da criptomoeda e da carteira disponibilizada. Nela, o usuário controla seu saldo em dólares e em Bitcoin, com autonomia para converter a qualquer momento.
A adoção de criptomoedas em setembro ganhou forças na Europa. A FINMA (Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro Suíço) aprovou o Crypto Market Index Fund, da Crypto Finance, extensão da Pernet von Ballmoos AG (PvB). Este é o primeiro fundo de criptomoedas de acordo com a lei suíça.
Contudo, tal fundo só foi autorizado a negociar em criptomoedas com um “volume de negociação suficientemente grande”. Portanto, o Crypto Finance irá acompanhar o Crypto Market Index 10, da Six Exchange, para manter os reguladores tranquilos.
O Twitter anunciou uma integração com a empresa Strike, para disponibilizar serviços de gorjetas em Bitcoin para os usuários da rede social. Assim, passou a ser possível transferir valores de qualquer parte do mundo, de forma barata e quase instantaneamente. Este movimento pode ser encarado como o pontapé inicial para que outras plataformas comecem a usar serviços similares com criptomoedas.
O Iêmen está em guerra civil desde 2014 e tem bloqueio aéreo, terrestre e marítimo desde março de 2015, com milhares de pessoas passam fome. No meio deste terror, as criptomoedas estão salvando vidas. David Beasley, diretor executivo do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, está recebendo doações em Bitcoin, Bitcoin Cash, Dogecoin e Nano. O montante é repassado para comerciantes e casas de câmbio do país, para que a população possa adquirir alimentos e medicamentos.
Ainda no Oriente Médio, os Emirados Árabes Unidos aprovaram o comércio de criptomoedas em setembro, na zona franca de Dubai. Esta iniciativa é resultado de um acordo da Autoridade de Valores Mobiliários (SCA) com a Autoridade do Centro de Comércio Internacional de Dubai (DWTCA). Isto pode levar a cidade a ser um novo centro de criptoativos no futuro, já que sua economia está sendo traçada com direção inovadora e digital.
No mercado de criptomoedas em setembro, o Bitcoin abriu em US$ 47.100, buscando até US$ 52.700 na primeira semana do mês. Contudo, os valores despencaram para níveis também vistos em maio deste ano, lateralizando seu preço entre US$ 41.000 e US$ 45.000.
Quer ficar por dentro do mundo da tecnologia e ainda baixar gratuitamente nosso e-book Manual de Segurança na Internet? Clique aqui e assine a newsletter do 33Giga