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O interesse por eSports no Brasil está se tornando cada vez maior. Faz parte da realidade nacional a paixão por esportes, principalmente o futebol, mas com o avanço da tecnologia e, principalmente, o maior acesso a meios de comunicação como computadores e celulares, vem aumentando a busca por esta modalidade desportiva. Só para se ter uma ideia, durante o primeiro semestre do ano, segundo o Twitter, o campeonato CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends) teve mais menções do que competições mundiais como Call of Duty League e Overwatch League.
O cenário competitivo brasileiro mostra que os jogos deixaram de ser apenas um meio de diversão dos mais jovens e, agora, é um mercado muito lucrativo, disputado e que possui milhões de espectadores. Além de LOL, outros jogos também são grandes destaques como Counter-Strike, Fortnite e Free Fire. Este último, inclusive, é um sucesso recente, sendo consagrado pela popularidade difundida por meio dos celulares.
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Mas o negócio não fica apenas no jogo em si. O time Fluxo, criado por Lucio “Cerol” e Bruno “Nobru”, por exemplo, comprou uma nova mansão com mais de 2,2 mil m² para ser sua nova sede. Já Free Fire é um dos títulos mais jogados no Brasil, possuindo um grande campeonato nacional que bateu recorde de audiência. A final teve mais de 1 milhão de espectadores simultâneos, e durante todo o campeonato reuniu mais de 95 milhões de visualizações.
É fato que os efeitos da pandemia de covid-19 tiveram um grande peso. Campeonatos foram cancelados e partidas que tinham público foram esvaziadas. O distanciamento social e os tempos de quarentena causaram prejuízos para os esportes em geral, que sofreram com a perda de bilheteria e a má adaptação para a continuação das partidas. No entanto, no mundo dos eSports, o efeito teve um ricochete interessante.
O isolamento social incentivou – e muito – a busca por jogos de todos os tipos. Tudo que está em torno disso foi alavancado, inclusive a busca por campeonatos de eSports, que já estava em crescente ascensão. Enquanto outros tipos de esportes sofrem para contornar os efeitos que a pandemia causou, os jogos eletrônicos foram muito resilientes em contornar esta situação. Segundo estudo da Pesquisa Games Brasil (PGB), o número de jogadores de eSports no Brasil aumentou 10% em relação ao ano anterior.
Ainda de acordo com esta pesquisa – que ouviu mais de 12 mil pessoas, em fevereiro deste ano –, 75,7% dos entrevistados jogaram mais durante a pandemia e 42% gastaram mais dinheiro em jogos. E o interesse por acompanhar partidas não ficou para trás: cerca de 18,2% afirmam que acompanham partidas de esportes eletrônicos pelo menos 2 vezes na semana.
A realidade é que o crescimento do mercado de eSports é cada vez maior e impulsiona também outras atividades como marketing, publicidade, serviços de stream e venda de ingressos online. Grandes empresas e nomes do Brasil estão investindo pesado na área, pois a expectativa de crescimento é muito alta. Na Rivalry, por exemplo, que acompanha o setor de perto, você pode conferir todas as apostas e expectativas que são geradas nas maiores competições de esportes eletrônicos do atual cenário.
Fora times que já são do setor, como o Fluxo, já mencionado, existem grandes clubes esportivos como Flamengo, Corinthians e Cruzeiro que possuem times de eSports no Brasil. E mais: empresas e personalidades dos esportes como Ronaldo, Neymar e Daniel Alves também reforçam a cadeia de investimentos que fortalecem o setor no mercado nacional.
Segundo estudo da New Zoo, empresa especializada em pesquisa de eSports, foi estimado que o setor deve romper a barreira dos US$ 1 bilhões (cerca de R$ 5,25 bilhões) de faturamento mundialmente. O setor ultrapassa o crescimento da indústria mundial. E os países que lideram esta crescente são China, com mais de US$ 385 milhões em receita, seguido dos Estados Unidos, com US$ 253 milhões.
No entanto, a América Latina é a grande bola da vez, sendo alvo de muitos investimentos. Isso ocorre pela grande popularidade nos torneios dos campeonatos brasileiros, somado a equipes de destaques nas competições mundiais. A NiP (Ninja in Pyjamas), por exemplo, conquistou o último mundial de Rainbow Six. Isso sem contar que a paixão por eSports no Brasil consagrou o País como o 3º do mundo que mais acompanha partidas de jogos eletrônicos.
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