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O boom dos carros elétricos começa a se tornar realidade. Cerca de 7 milhões de veículos deste tipo estão atualmente nas estradas ao redor do mundo – número respeitável em comparação com os cerca de 20 mil em circulação há uma década. Embora ainda haja um longo caminho para o automóvel se tornar padrão, parece ser um movimento irreversível. Sobretudo porque ele se apresenta como uma opção na luta contra as mudanças climáticas e as emissões poluentes e de gases com efeito de estufa.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, questionou justamente esse papel dos carros elétricos. Tomando como exemplo o mercado automobilístico e as emissões de gases que alteram o clima nos Estados Unidos, o estudo constatou que muita gente pensa que uma mudança em grande escala dos atuais veículos motorizados resolverá o problema climático. Mas, embora os modelos elétricos ajudem, eles não são suficientes sem conscientização e mudanças.
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Governos e fabricantes de todo o mundo estão apostando nos carros elétricos. Na Noruega, por exemplo, tais veículos já representam metade das vendas de todos automóveis novos. Isso fez com que o país se planejasse para eliminar completamente as vendas de modelos de combustão interna até 2025. A Holanda pretende fazer o mesmo para 2030, enquanto França e Canadá querem adotá-los até 2040.
Para combater as mudanças climáticas, no entanto, a Universidade de Toronto recomenda uma mudança no estilo de mobilidade urbana. Para ela, o ideal seria um investimento maciço em transporte público, bem como o redesenho das cidades, para permitir que mais viagens sejam feitas de modo sustentável, com bicicletas ou a pé, por exemplo. Outra dica para diminuir o tráfego e os poluentes é incluir estratégias como o teletrabalho – uma mudança já destacada pela pandemia de covid-19.
De forma geral, todos precisam repensar seus comportamentos, o desenho das cidades e até mesmo aspectos de sua cultura. E todos devem assumir a responsabilidade de parar as mudanças climáticas, apostando no futuro como em um video poker.
A América Latina não está isenta deste movimento. A Argentina apresentou o carro elétrico Tito. Fabricado pela empresa Corradir, localizada na província de San Luis, ele é movido a baterias de lítio, o que significa que não gera emissões de dióxido de carbono. Também promete percorrer 100 quilômetros e uma velocidade máxima de 65 km/h. A recarga completa é alcançada em cerca de 8 horas. Seu diferencial, porém, é que a bateria pode ser ligada a um conector doméstico de 220V.
Em termos de conforto, os carros elétricos Tito podem acomodar quatro pessoas. Também oferecem uma tela sensível ao toque LED HD de 10 polegadas com reprodutor multimídia, câmera de ré, rádio e tecnologia Bluetooth. O veículo ainda é silencioso (livre de ruídos e vibrações) e pode economizar até 90% em automóveis usados em serviços de manutenção.
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