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*Por Ralf Germer
Em maio, completam-se seis meses que o sistema de transferências Pix chegou ao Brasil, transformando o mercado financeiro no País. A modalidade já é um sucesso entre os brasileiros, devido a sua facilidade, rapidez, e gratuidade.
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Cerca de 73% dos donos de smartphones já utilizaram sistema de transferências Pix. Os dados são da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, de abril de 2021.
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No início, o sistema de transferências e pagamentos Pix levantou um questionamento quanto a sua eficiência e segurança. Os tópicos foram prontamente rebatidos pelo Banco Central e as instituições financeiras mais tradicionais, que fizeram um trabalho de eliminação de notícias falsas para que a tecnologia caísse, de vez, nas graças do povo.
Hoje, é mais que perceptível que esse trabalho funcionou. O Pix é um sucesso. De acordo com o BC, mais de R$321 milhões de reais foram movimentados através do sistema de transferências, apenas em abril de 2021.
Apesar da utilização do Pix ser maior entre pessoas físicas, aos poucos percebemos um aumento na adoção do método de pagamento instantâneo também no comércio. O sistema de transferências deixou de ser exclusivamente uma forma das pessoas movimentarem dinheiro umas para as outras.
Alguns comércios começaram a se mexer para não ficar para trás, incluindo a tecnologia em suas formas de pagamento. De acordo com um levantamento da consultoria Gmattos, o Pix já estava disponível em março, no comércio eletrônico, em 25,4% das lojas. Em janeiro, este percentual era de 16,9%.
Os dados do Banco Central comprovam como sistema de transferências Pix é grandioso. Os números positivos relacionados a ele só crescem.
Em novembro de 2020, existiam mais de 95 milhões de chaves ativas. Já em abril de 2021, esse número saltou para além de 230 milhões. No seu mês de lançamento, o Pix comportou cerca de 33 milhões de transações. Em abril deste ano, o número quase alcançou a casa dos 500 milhões.
Mas, assim como todo método de pagamento, o Pix também foi alvo de fraudes. Um dos métodos mais usados pelos golpistas é usar dados pessoais das vítimas para criar chaves falsas.
Golpistas também se passaram por conhecidos da vítima ou até mesmo comerciantes. Ele enviaram códigos de transferências – um QR Code ou uma chave de Pix falsa – que direcionava o pagamento para a conta do estelionatário.
A engenharia social ainda é problemática, mesmo quando se trata de um método de pagamento inovador como o sistema de transferências Pix. Por isso, educar a população a respeito de fraudes ainda é o melhor caminho para evitar que os golpistas tenham sucesso.
O Pix também já alcançou alguns e-commerces em operação no Brasil. A Submarino e a Americanas passaram a aceitar sistema de transferências Pix como forma de pagamento instantânea ainda em 2020.
Tenho certeza de que a adoção do Pix no comércio eletrônico será ainda mais expressiva, representando um grande avanço para o setor de compras online no Brasil.
Por fim, é preciso reconhecer que o Pix fez mais do que o esperado em menos de um ano de lançamento e que está caminhando para se tornar uma plataforma de pagamento completa e amplamente utilizada no Brasil.
O Banco Central acertou em sua criação. Possibilidades com o meio de pagamento instantâneo são animadoras. Anseio em ver o que o Pix ainda pode nos oferecer.
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*Ralf Germer é CEO e cofundador da PagBrasil, fintech de processamento de pagamentos para e-commerce ao redor do mundo.