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Na última quarta-feira (06), Brasília se tornou a primeira cidade do país a contar com o sinal da nova tecnologia de internet móvel. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as próximas cidades a recebê-lo são São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa. A expectativa é que todas as capitais contem com o 5G até o dia 29 de setembro.
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Estima-se que existam mais de 12 bilhões de equipamentos conectados à internet no mundo todo, um número que tende a aumentar com os benefícios trazidos pelo 5G. Luciano Carstens, gerente da área de Eletrônica do Lactec, centro de pesquisa e tecnologia, explica alguns desses benefícios.
“As possibilidades destravadas com o advento dessa tecnologia são infinitas. Cada vez mais dispositivos e serviços estarão conectados, trazendo soluções inovadoras e até então disruptivas para as cidades, para nosso dia a dia, para o campo e para a saúde”, pontua.
Além de ser potencialmente 100 vezes mais rápido do que o 4G, o que permite que as transmissões de dados, uploads e downloads ocorram praticamente em tempo real, trata-se de uma tecnologia de baixo consumo, o que faz com que os dispositivos conectados a ela tenham baterias com maior vida útil.
Será possível ampliar serviços como inteligência artificial, dispositivos de reconhecimento facial e soluções como processamento e leitura de imagens e veículos autônomos. Além disso, o 5G potencializa a adoção de conceitos da Indústria 4.0 e da robotização.
A área da saúde poderá ser transformada com a ampliação da telemedicina, mais facilidade para monitorar pacientes em tempo real e gerir unidades de saúde, assim como o acompanhamento em tempo real de ações como campanhas de vacinação e combate e controle de epidemias.
Uma tecnologia de baixo consumo e latência que permite a conexão de mais de 100 dispositivos por metro quadrado facilita muito a expansão de soluções para as smart cities. Com a conexão 5G torna-se possível ter veículos autônomos, automação do monitoramento de tráfego e controle e medição remotos de utilities como energia elétrica, gás e água.
O setor agrícola vai poder contar com melhores sistemas de monitoramento e controle, que se refletem em maior qualidade e mais produtividade. Colheitadeiras, semeadeiras e irrigadores podem ser automatizados e as lavouras podem ser equipadas com dispositivos de sensoriamento remoto e inteligência artificial para o acompanhamento dos dados de produção, como com a análise de imagens, por exemplo.
Com a implantação da rede em Brasília, o Brasil se torna um dos países que conta com 5G “standalone” (SA) ou “puro”, que não compartilha da faixa de transmissão do 4G. Atualmente, existem 67 modelos de aparelhos celulares que são compatíveis com o uso do 5G.
Para Luciano Carstens, esse aprimoramento vem em bom momento.
“Estamos em uma crescente demanda pela conectividade. Essa tecnologia chega para garantir o acesso à informação e as conexões, um passo muito importante para viabilizar as novas tecnologias de Internet das Coisas.”