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5 dicas para não cair em fake news

Com a chegada da internet e da consequente globalização, ficou cada vez mais fácil a veiculação de informações que podem até parecer verdadeiras, mas não são. A professora de Jornalismo do Centro de Comunicação e Letras (CCL) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Denise Paiero, separou algumas dicas de como reconhecer e combater as fake news.

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1. Desconfie das informações que recebe, principalmente de redes sociais

Hoje, há muitos canais de circulação de informações falsas, disseminadas de forma veloz pela internet. Elas são usadas para manipular pessoas e destruir reputações, além de já terem sido utilizadas no mundo até para influenciar eleições, espalhar pânico e dar informações erradas que podem, inclusive, colocar vidas em risco.

Muitas vezes, por aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, a informação se propaga sem fonte, não se sabe de onde vem ou se a fonte é falsa. É comum circularem áudios atribuídos a “especialistas” ou “pessoas que conhecem alguém que disse aquilo”. Assim, a dica é simples: sempre desconfie desse tipo de conteúdo.

2. Questione a veracidade das informações noticiosas

As pessoas tendem a acreditar naquilo que vai ao encontro do seu próprio pensamento, principalmente dentro das “bolhas” da internet. Portanto, fake news que confirmem ou reforcem ideias e valores que o internauta já tenha vão facilmente parecer verdade e, muitas vezes, serão compartilhadas sem qualquer questionamento.

Se ninguém assume a origem da informação, estranhe. Se parecer “muito bom para ser verdade” ou é algo muito importante, mas não apareceu em outros veículos, desconfie. Ainda, sempre é bom atentar à data da informação. Às vezes, uma notícia verdadeira, mas que foi publicada anos atrás, é descontextualizada e compartilhada, o que pode confundir quem a recebe.

3. Utilize sites de checagem para saber se é falso ou não

Existem sites de fact-checking, nos quais trabalham profissionais qualificados e preparados para verificar e checar as informações produzidas pelos caminhos corretos, avaliando se é verdade ou não o ocorrido. No Brasil, a professora Denise destaca os seguintes: Agência Lupa, Fato ou Fake, Projeto Comprova e E-Farsas. E, para quem quiser melhorar os conhecimentos sobre fake news, há o projeto “Vaza, Falsiane”, que oferece curso gratuito sobre o tema.

4. Veja se a notícia foi publicada em veículos jornalísticos confiáveis

Veículos de comunicação conhecidos e que trabalham de fato com o jornalismo, sejam de grande renome ou de imprensa alternativa, têm um compromisso com a apuração dos fatos. Se publicarem mentiras, terão sua credibilidade (que é seu maior patrimônio) afetada. Veículos que se alimentam de fake news não estão preocupados com isso, inclusive, alguns sites que propagam notícias falsas tentam se camuflar de sites jornalísticos e utilizam a estrutura e os recursos da notícia para dar à mentira uma roupagem de verdade.

Não é porque tem cara de jornalismo que é jornalismo. É fundamental que saibamos sempre quem apurou e divulgou originalmente a notícia. Na dúvida, vá atrás da fonte original.

5. Não compartilhe a informação sem ter a certeza da sua veracidade

Se você compartilha sem checar, pode estar sendo usado como ferramenta de uma engrenagem de propagação de mentiras. Até mesmo vídeos que parecem verdadeiros, que mostram imagens e cenas, podem ter sido editados e descontextualizados. Tenha em mente que as fake news se alimentam de compartilhamentos. Portanto, não passe adiante sem ter a certeza da veracidade do fato. Se todos fizerem isso, será possível romper com o caminho das notícias falsas.

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Os absurdos que rolam na internet não têm data para aparecer e podem permanecer na rede por anos, enganando novos usuários a cada vez que pipocam. Para relembrar os mais populares, o 33Giga separou algumas das maiores farsas que já foram veiculadas pela web: